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sábado, 12 de março de 2016

Legalização da maconha: Formando opiniões ao modo cartesiano

René Descartes é um importante filósofo francês cuja ideologia baseia-se no uso da razão como caminho ao conhecimento, à verdade. Criticando então conhecimentos oriundos de elementos sobrenaturais ou embasados em religião. Além da razão, Descartes utiliza-se da dúvida como ponto de partida para um novo conhecimento científico exigindo também cautela, devendo então se apoiar em uma “moral provisória”.
O Brasil encontra-se em uma discussão polêmica sobre a legalização da maconha. Para uma boa reflexão podemos então utilizar os métodos do filósofo francês que se encontram em sua obra “O discurso do método”.
Sabe-se que há uma grande resistência quanto à legalização da maconha devido a um pensamento ligado ao senso comum, o qual domina grande parte da sociedade brasileira. O filósofo nos fala que é preciso desconfiar desse conhecimento transmitido pelo hábito, e assim, através de uma emancipação própria buscar com o uso da razão tirar novas conclusões e conhecimentos.
A Cannabis além da utilização usual como entorpecente que todos conhecem, pode ser utilizada em tratamentos médicos, através de medicamentos derivados da mesma. Além disso, para onde iria toda essa verba resultante da venda legal da maconha? Há países que o dinheiro é convertido para educação... mas funcionaria no Brasil? Por que sim? Por que não?
E o tráfico, como ficaria após essa decisão? Acabaria? Esse que é um dos maiores problemas contemporâneos do Brasil, no qual a maconha é seu principal produto de venda.
Há então todas essas indagações para colocar o método da dúvida em prática. Lembrando-se também que no brasil há uma bancada evangélica muito forte enraizada no senado, e que, ao utilizar-se de um argumento religioso fere-se o método cartesiano para chegar-se ao conhecimento científico.

Em suma, pode-se notar que através da obra “O discurso do método” de Descartes é possível abrir uma nova discussão sobre este assunto, onde opiniões serão formadas de um modo mais racional e independente do que usualmente vemos acontecer na sociedade contemporânea. Um conhecimento formado através de buscas próprias e menos influenciada por fatores externos.

Isabella Martins Montoia - 1º ano - Direito/noturno

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