Humildade, alicerce do sábio
"Só sei que nada sei", uma frase que deveria estar ao menos no consciente de cada ser humano, foi dita por um dos maiores filósofos da humanidade: Sócrates. A humildade diante do conhecimento, na busca incessante pela verdade indubitável, também se faz presente em Descartes, filósofo francês do século XVII, ao admitir a necessidade de reconstruir suas opiniões.
Na conjuntura atual, em alguns debates politizados ou até mesmo no dia a dia, percebe-se que esses ensinamentos não são utilizados. Os debates, por exemplo, que são propícios momentos para a reconstrução e aperfeiçoamento do saber, acabam se tornando disputa de quem grita a própria opinião por último e vence a batalha. Uma vitória vazia para o indivíduo e para a sociedade a qual ele está inserido, pois o troféu permanece estacionado na estante particular do ego.
Porém, não se deve confundir humildade com submissão e aceitar tudo o que é dito ou ensinado sem questionamentos. Descartes criticou a própria educação obtida pelos jesuítas e questionou a utilidade dos ensinamentos sem a prática envolvida conjuntamente. Seus professores foram a prática e a experiência de cada indivíduo pelo mundo em determinada área do conhecimento.
Em contrapartida, o caráter enciclopedístico de ensino brasileiro, na maioria das escolas do ensino médio, demonstra, pelo pensamento de Descartes, o quão retrógrada ela é.O foco no ensinamento passivo de informações que são, muitas vezes, apenas decoradas e não assimiladas acarreta uma consequência. Factualmente observe-se uma grande desistência de estudantes nesse período, principalmente, nas escolas públicas, porque o ensinamento não lhe faz sentido e não contextualiza sua realidade. Como consequência, há novamente uma perda da potencialidade humana e um prejuízo para a evolução da sociedade.
Lorena Maria de Lima Melo-1º ano direito noturno
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