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domingo, 5 de julho de 2015

A modernização não é reprovada



Uma das correntes de pensamento mais criticadas e estudadas desde o final do século XIX é o socialismo. Mas não qualquer socialismo, e sim o científico, aquele fundamentado por Marx e Engels em oposição aos pensadores que se diziam iluminados por conceberem um conjunto de ideias, sem ao menos se basear na realidade da época em que viviam.

Desse modo, ao confrontar a dialética hegeliana e seu idealismo, Marx busca trazer para construção de seu pensamento, elementos concretos, positivos, das relações pessoais ao decorrer da história, chegando à conclusão de que, em qualquer das épocas que fosse, o trabalho e a produção eram parte da vida do ser humano.

Marx, então, construiu sua obra máxima que percorre pelos anos, influenciando várias sociedades e acontecimentos tal como a Revolução Russa, chamada O Capital, denominando a forma de trabalho de cada época como a “estrutura” de toda uma complexa sociedade em determinado espaço-tempo, assim como a relação do capital na “superestrutura” da política e do direito.

Além disso, Marx observa que o direito se torna instrumento da classe dominadora para manter-se no poder. Tal classe é a burguesia, a qual seus indivíduos são detentores dos bens de fabricação que subjugam os proletários, que sofrem profundas desigualdades devido ao processo de mais-valia e a modernização da tecnologia, evolução que Marx não condena, devido ao fato de que o homem pode e deve criar mecanismos para se automatizar e tornar mais fácil o trabalho, podendo ocorrer a socialização de produtos que tomaria seu ápice no socialismo.

Gabriel G. Zanetti - Direito Noturno

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