Uma
das correntes de pensamento mais criticadas e estudadas desde o final do século
XIX é o socialismo. Mas não qualquer socialismo, e sim o científico, aquele
fundamentado por Marx e Engels em oposição aos pensadores que se diziam
iluminados por conceberem um conjunto de ideias, sem ao menos se basear na
realidade da época em que viviam.
Desse
modo, ao confrontar a dialética hegeliana e seu idealismo, Marx busca trazer
para construção de seu pensamento, elementos concretos, positivos, das relações
pessoais ao decorrer da história, chegando à conclusão de que, em qualquer das
épocas que fosse, o trabalho e a produção eram parte da vida do ser humano.
Marx,
então, construiu sua obra máxima que percorre pelos anos, influenciando várias
sociedades e acontecimentos tal como a Revolução Russa, chamada O Capital, denominando a forma de
trabalho de cada época como a “estrutura” de toda uma complexa sociedade em
determinado espaço-tempo, assim como a relação do capital na “superestrutura”
da política e do direito.
Além
disso, Marx observa que o direito se torna instrumento da classe dominadora
para manter-se no poder. Tal classe é a burguesia, a qual seus indivíduos são
detentores dos bens de fabricação que subjugam os proletários, que sofrem
profundas desigualdades devido ao processo de mais-valia e a modernização da
tecnologia, evolução que Marx não condena, devido ao fato de que o homem pode e
deve criar mecanismos para se automatizar e tornar mais fácil o trabalho,
podendo ocorrer a socialização de produtos que tomaria seu ápice no socialismo.
Gabriel G. Zanetti - Direito Noturno
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