Friedrich Engels, em sua obra "Do socialismo utópico ao socialismo científico", faz uma análise social com uma base histórica, buscando compreender como os meios de produção influenciaram, e influenciam até hoje, no modo como vive a sociedade. A análise de Engels é feita desde os métodos pré-feudais até o mundo capitalista moderno, através dela é possível ver como houve, com o surgimento da burguesia, um aumento da exploração dos trabalhadores. Passamos desde a produção feudal, na qual o objetivo era produzir para o próprio sustento e o do senhor feudal, até o mundo pós Revoluções Industriais, em que há um aumento da jornada de trabalho, aumento da mecanização e do tempo dedicado ao trabalho.
Engels observa vários períodos da história, entretanto, sempre conclui que cada sociedade foi moldada pelos meios de produção de cada época, inclusive a forma de propriedade privada. Ao manter o foco na sociedade capitalista, percebe-se, também, a sujeição do produtor ao produto, ficando este sempre sujeito às alterações e regulamentações do mercado em que se insere, graças a uma competição desenfreada.
Surge, nessa sociedade do mundo capitalista, o conceito de mais-valia, no qual há a enunciação da evidente exploração do proprietário sobre o trabalhador. Há um lucro infinitamente grande do dono da empresa sobre os funcionários que nela trabalham, mostrando assim uma desigualdade imensa causada pelo favorecimento do responsável pelo meio de produção sobre quem faz com que esse meio funcione e exista. Sendo assim, Engels sugere que haja uma revolução do proletariado, mas essa, até os dias atuais, nunca passou do plano ideológico.
Giovana Galvão Boesso
1° Direito- diurno.
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