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domingo, 5 de julho de 2015

Realismo Socialista

Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa (agora) é transformá-lo.
MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1979. P. 111.

Para tornar mais claro o entendimento sobre o materialismo histórico dialético de Karl Marx, é necessária a compreensão do ´´monismo hegeliano´´ e as críticas que Ludwig Feuerbach apresentou sobre o esse conceito filosófico.

Hegel, por ser um filósofo idealista, afirmava em seus textos que a História se desenvolvia a partir do espírito do mundo, ou seja, que as ideias predominavam sobre a realidade. O monismo dialético, portanto, se compreende como: o espírito absoluto que se manifesta historicamente determinando a realidade.

Feuerbach modificou e transformou os estudos de Hegel, inventando o conceito de ´´materialismo dialético´´ Para o filósofo, a ideia, a maneira de pensar de uma população é fruto da História, mostrando que a compreensão de mundo, os preconceitos individuais são resultados do realismo histórico concreto não qual elas estão inseridas.

Marx, outro Filósofo alemão, retoma esse clássico materialismo de Feuerbach criando o ´´materialismo histórico´´ argumentando que a história pode determinar o pensamento e a consciência de uma população, entretanto ela é uma construção humana e pode ser modificada.

Marx afirmava que a história é traçada pelos indivíduos e, por isso, os problemas sociais também, são criados por elas. Nesse processo, instaura um abismo que segrega a elite econômica dos pobres alienados e oprimidos. Portanto, apenas os indivíduos são capazes de mudar essa realidade e consertar as injustiças sociais dos seres humanos.

Toda sociedade, independente do tempo e do espaço, é determinado por condições socioeconômicas e pela maneira de organização dos modos de produção. Desse modo, os interesse sociais são atrelados a interesses materiais, que, observando profundamente está ligado com à necessidade de sobrevivência do ser humano. Por isso, Marx afirma que o trabalho é uma necessidade humana.

Marx crítica os trabalhos de Hegel, porque defendia que é por meio do trabalho que os indivíduos transformam o meio natural e o mundo, sendo a realidade, resultado do trabalho humano diante de uma realidade natural contingente. O mundo é fruto da natureza modificada pelo trabalho, a realidade se altera, quando as relações de trabalho e produção sofrem alterações.

Os indivíduos são responsáveis pela construção da realidade, contudo, seu pensamento é fruo do contexto histórico em que se encontra. O único obstáculo à felicidade humana, segundo Marx, apenas sua condição real de vida, que lhe oprime e impede a sua concretização.  Portanto, para os seres humanos alcançarem a felicidade é necessária à dedicação para a promoção das alterações socioeconômicas uteis.

O desenvolvimento da História é marcado por forças de produção e distribuição de mercadorias, por isso a evolução econômica determina a evolução social, não qual há divisões entre classes distintas que se fundamentam a partir da distribuição de mercadorias provocando a uma desigualdade social. Desigualdade, na qual, leva a exploração trabalhista, que vendem sua força de trabalho para os donos dos meios de produção que buscam incessantemente o aumento de seus bens e riquezas.

Para Marx, não existe sociedade marcada pela propriedade privada que não apresente, essencialmente, desigualdade e opressão entre as classes sociais. O filósofo propõe uma sociedade livre dos meios de produção, sendo que até a terra pertenceria a todos, excluindo a necessidade e a possibilidade exploração de alguns indivíduos sobre outros.


A riqueza nessa sociedade seria dividida pela necessidade de cada pessoa, não havendo avidez por bens que serviria aos indivíduos e as suas respectivas necessidade e não o contrário e, assim, elas não seria escravas dos bens materiais.

Arthur Resende
1º ano de Direito (Noturno)
Introdução à Sociologia 

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