Ter um
emprego que paga muito bem, que tem horários super flexíveis, que deixa você
trabalhar na sua casa, que deixa você tirar uma soneca depois do almoço em um
lugar super confortável (a própria empresa disponibiliza), que tem uma sala de
jogos para você se distrair quando se sente cansado de pensar e criar projetos
parece perfeito. Mas, o que ninguém percebe é que esse é um tipo de exploração
do trabalho, em que a mais-valia é completamente empregada. Isso porque, o que
a empresa gasta com aquele trabalhador, que na grande maioria das vezes cria
projetos milionários, não ganha o salário que deveria. A criação do trabalhador
rende tanto para a empresa e para os donos que o que gastam com aquele
trabalhador é ínfimo.
Sendo assim,
esse “trabalho perfeito” não é diferente de nenhum outro, a grande diferença é
que o trabalhador se sente mais valorizado e diferenciado, o que mexe e ajuda
na sua criatividade. O que Marx e Engels perceberam é que “a maneira que os
indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente o que eles são. O que eles
são coincide, pois, com sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem
quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos são depende, portanto,
das condições materiais de sua produção”. Essa frase conclui a lógica que esses
super trabalhadores, que ilusoriamente se sentem especiais, então inseridos.
Eles se sentem melhores que um trabalhador comum, mas o que eles produzem,
proporcionalmente em dinheiro, é muito maior. Se o salário fosse proporcional
com a produção, esse funcionário valeria muito mais para a empresa.
Desirrè Corine Pinto- 1º ano Direito Noturno
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