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domingo, 5 de julho de 2015

Mais-valeria...


          Ter um emprego que paga muito bem, que tem horários super flexíveis, que deixa você trabalhar na sua casa, que deixa você tirar uma soneca depois do almoço em um lugar super confortável (a própria empresa disponibiliza), que tem uma sala de jogos para você se distrair quando se sente cansado de pensar e criar projetos parece perfeito. Mas, o que ninguém percebe é que esse é um tipo de exploração do trabalho, em que a mais-valia é completamente empregada. Isso porque, o que a empresa gasta com aquele trabalhador, que na grande maioria das vezes cria projetos milionários, não ganha o salário que deveria. A criação do trabalhador rende tanto para a empresa e para os donos que o que gastam com aquele trabalhador é ínfimo.

          Sendo assim, esse “trabalho perfeito” não é diferente de nenhum outro, a grande diferença é que o trabalhador se sente mais valorizado e diferenciado, o que mexe e ajuda na sua criatividade. O que Marx e Engels perceberam é que “a maneira que os indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente o que eles são. O que eles são coincide, pois, com sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção”. Essa frase conclui a lógica que esses super trabalhadores, que ilusoriamente se sentem especiais, então inseridos. Eles se sentem melhores que um trabalhador comum, mas o que eles produzem, proporcionalmente em dinheiro, é muito maior. Se o salário fosse proporcional com a produção, esse funcionário valeria muito mais para a empresa. 

Desirrè Corine Pinto- 1º ano Direito Noturno

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