O Estado
Absolutista crescia e ainda mais a burguesia, o poder da Igreja Católica, como
detentora do monopólio cultural, censurava as artes e as ciências, porém o
antropocentrismo fixava raízes. Nesse contexto René Descartes escreveu suas
obras. Em seu Discurso do Método explica o que o levou a criar o racionalismo, método
de enxergar o mundo duvidando de ideias pré concebidas utilizando a razão.
Ao estudar
varias ciências, filosofia e letras, o autor reparou que muito do conhecimento
adquirido lhe tinha sido imposto como verdadeiro e justificado apenas pelo
exemplo ou hábito. Como mecanicista, estudioso da matemática, da física e da
própria epistemologia, viaja o mundo convencido de que o correto é não aceitar
nenhuma verdade que não possa ser provada de forma racional.
Portanto a
razão consiste até mesmo em vencer as convicções sociais. Logo, para não se
perder, estabeleceu algumas máximas como: obedecer às leis e costumes de seu país,
evitar radicalismos, seguindo opiniões sensatas, procurar vencer a si mesmo do
que tentar mudar a ordem do mundo, ser firme nas decisões e se manter na
religião na qual fora instruído.
Negando os
sentidos por poderem enganar, decidiu pensar ser tudo falso para depois aceitar
os conhecimentos não duvidosos. Medita pensando na natureza dos sonhos e
percebe que para pensar precisa existir. Fascinado por ser real busca a razão
da criação do universo e conclui que se ele existe foi criado por alguém.
Convencido da existência de Deus prossegue seus estudos influenciando até os
cálculos de Newton. Sempre verificando, analisando, sintetizando e enumerando.
Cidadão da Idade Moderna, época de
revoluções, Descartes influenciou tão fortemente o pensamento Ocidental que,
apesar de não negar Deus, fez até o Diabo duvidar de suas próprias convicções.
Ok, dizem que o diabo causa a dúvida e que a fé é de Deus, mas o fato é que os questionadores de seu tempo iluminaram o
mundo novo. O conhecimento inquestionável virou dúvida e até os dias atuais,
para que exista algo precisa-se de provas.
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