"Dubito, ergo cogito, ergo sum"
René Descartes
No princípio havia a dúvida, matriz geradora do conhecimento, a indagação era o chamado de Descartes. Nascido no feudalismo e criado no tradicionalismo, o francês teve acesso à educação formal desde muito cedo. Mais tarde, consideraria esse conhecimento em parte retrógrado e sem aplicabilidade, como explicita o autor, em "O Discurso do Método". Na obra, questiona-se a veracidade de ciências consideradas dogmáticas da época, como a astrologia, a alquimia, a magia e alguns aspectos da teologia. Descartes desqualificava essas logias e estudos como instrumentos da mudança social; como solução desse conflito ele apresenta um método unificado de sistematização do pensamento.
Processo que se afastou das formas reveladas, sobrenaturais de pensamento e incutiu à ciência um caráter mais objetivo, colocando o homem como o centro do conhecimento - antropocentrismo. Essa guinada na produção da ciência marca o início do pensamento moderno, do racionalismo. A contribuição de René para a ciência moderna é evidente em seu positivismo, sua sistematização inerentes, abrindo caminho, no âmbito jurídico, para a laicização do Estado.
É irrefutável a contribuição de Descartes em variadas áreas do conhecimento, e como essa, perpetua-se até hoje. Entretanto, a teoria descartiana do método foi crivada, analisada e verificada, como o próprio autor sugeriu. E, por isso, foi amplificada, melhorada e alterada em partes pelos cientistas que o sucederam, constatando a falibilidade de todo projeto humano e sustentado a dúvida, como única maneira de solidificação do conhecimento
Kalinka Favorin Rodrigues 1ºano - Direito Noturno.
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