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sábado, 25 de maio de 2013

O sistema parasitário e o conflito social

Engels foi um teórico revolucionário alemão, e junto com Karl Marx funda o chamado Socialismo Científico. Uma de suas marcas é, certamente, a Dialética, que Engels assevera ser “ a ciência das leis gerais do movimento, tanto do mundo externo quanto do pensamento humano”. A Dialética é, analogamente, um sistema contraditório do real e em seu movimento passa por três etapas: a tese, a antítese e a síntese. Tal movimento da realidade é explicado por meio do antagonismo entre o momento da afirmação e negação, cuja contradição deve ser superada pela síntese.  Para o pensador, todo processo de materialização possui essas duas perspectivas.
Em sua obra “Capitalismo Parasitário” o sociólogo polonês Zygmunt Bauman assevera sobre o perigo do capitalismo, e o compara com um parasita que pode prosperar durante um tempo, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento, entretanto, prejudica o hospedeiro, destruindo, cedo ou tarde, os fatores de sua prosperidade e sobrevivência.  Em tal contexto, Marx e Engels, ao buscar observar as mudanças ontológicas, de certa forma assemelham-se com o pensamento de Bauman, pois afirmam que o capitalismo acarreta um esvaziamento do sentido do trabalho, por exemplo, há uma deturpação evidente, afinal o trabalho do homem torna-se extintivo, não há sentidos nos movimentos, há uma submissão palpável em relação à máquina e a outras estruturas tecnológicas.
A partir do momento em que se fratura o conteúdo do trabalho, torna-se evidente a produtividade cada vez mais elevada, a divisão e a mecanização  do trabalho.  Os valores dos bens deixam de expressar apenas o trabalho e passam a englobar também a apropriação do trabalho não pago, ou seja, a mais valia.  Engels defende, portanto, que a burguesia carrega em si sua própria antítese, afinal, paradoxalmente, tal classe ao mesmo tempo em que buscou seu espaço e sua liberdade, principalmente da repressão de outros setores sociais como a nobreza, passou a oprimir os proletariados.
 A lógica capitalista de busca ao lucro e competitividade evidenciou a desigualdade inserida na sociedade, e buscando estuda-la Marx busca compreender e afirma que sempre haverá as negações contrapondo-se às afirmações, haverá sempre, portanto, um conflito entre classes. 
 



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