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segunda-feira, 11 de março de 2013


O conceito de dúvida na pós-modernidade


   Duvidar, esse pode ser considerado não apenas um argumento de Descartes na Idade Moderna, mas sim, um conceito contemporâneo que permeia nossa vida. Homens “pós-modernos” de Bauman, questionamos tudo ao nosso redor. O questionamento contemporâneo, contudo, não passa pelo crivo das 4 etapas proposto por Descartes.
    A primeira das peneiras para Descartes é o conhecimento com clareza sobre algo, só a partir de conhecer muito bem um mote poderia se adiantar ao próximo passo e aproximar-se da Verdade Real, fato que, cotidianamente, não nos ocorre: quando, por exemplo, um cidadão menos favorecido nos aborda, viramos às costas ou simplesmente lhes damos um trocado para nos livrar da sua presença incomoda, sem darmos importância nenhuma a sua história de vida ou suas necessidades. Nessa situação fugimos da realidade social que nos é escancarada.
   A segunda constitui em seccionar a dúvida em tantas partes quantas forem necessárias para seu melhor entendimento. Na vida contemporânea, por vezes abordamos fatos por apenas uma óptica, somos “unilateralistas”.
   A terceira constitui em ordenar os pensamentos de forma a começar pelos mais simples, contudo, na ótica “pós-moderna”, nossos pensamentos são tão líquidos e atropelados que não passam por esse ordenamento. Ou, meramente nós achamos tão bastantes para pular os degraus da construção do conhecimento.
   A quarta constitui uma síntese das demais, porém exigi que não sejamos omissos. Mas, a omissão tem sido farta. Política e socialmente temos sidos omissos.
   Descartes julga fundamental para a construção do Espírito do conhecimento um homem que se construa diariamente. Que a partir dos seus próprios questionamentos posso adubar-se e crescer. Porém, a dúvida do jeito que tem afetado a sociedade constitui em um método de ignorar aquilo que não deseja-se acreditar , como as questões ambientais que batem à porta( nunca o aquecimento global foi tão desacreditado).
  O amplo conhecimento construído pela humanidade pode ser descartado se esse não gerar benefícios para nós próprios (humanidade em conjunto). O que se cabe realmente questionar na atualidade é: Se conseguimos mandar seres humanos à lua, por que não conseguimos matar a fome de todos

                                                                                                      “Cogito ergo sum

Por: Tiago Fernando Guedes de Carvalho
       1º Semestre Direito Noturno

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