René Descartes engendrou seu
método racionalista a partir de frustrações com outros métodos cognitivos,
consequência de sua dúvida constante. Isso é visto, por exemplo, na crítica
feita à sua própria educação, proveniente, segundo ele, de letrados que “ficavam
confinados em seus gabinetes”, e, por isso, não conheciam a experiência social,
além de não se preocuparem em se distanciar de seus preconceitos. Karl Marx,
em seus estudos sobre a ideologia, também critica o distanciamento dos responsáveis
pela criação do conhecimento, mas por achá-los constantemente sujeitos a ânsias
que deterioram o nivelamento social.
Frente a essa primeira frustração, Descartes recorre ao que, no momento, parecia-lhe fundamental ao processo de aprendizagem, o convívio social. No entanto, ao realizar suas pesquisas, deparou-se com alguns preconceitos adquiridos até pela coerção, o que, mais tarde, Émile Durkheim chamaria de Fato Social. Embora a experiência social tenha sido rejeitada como um bom método para se alcançar o conhecimento verdadeiro, hoje vemos a ascensão desse processo pela meritocracia, vista, por exemplo, na mega produção “Quem quer ser um milionário?”, de Simon Beaufoy, na qual a personagem protagonista ganha o prêmio de um milhão de rúpias por relacionar as perguntas de um programa a suas experiências cotidianas.
Com base nessas frustrações, Descartes passa a enxergar que a razão, motivadora de sua dúvida persistente, é o melhor método cognitivo, já que “não nos sugere que tudo quanto imaginamos seja verdadeiro”. Assim, em “O discurso do método”, Descartes antecipa a grande objeção dos positivistas do século XIX, por tentar distanciar-se de sues próprios preceitos, e, não obstante, lança a ideia de que o que é verdadeiro é evidente e distinto.
Frente a essa primeira frustração, Descartes recorre ao que, no momento, parecia-lhe fundamental ao processo de aprendizagem, o convívio social. No entanto, ao realizar suas pesquisas, deparou-se com alguns preconceitos adquiridos até pela coerção, o que, mais tarde, Émile Durkheim chamaria de Fato Social. Embora a experiência social tenha sido rejeitada como um bom método para se alcançar o conhecimento verdadeiro, hoje vemos a ascensão desse processo pela meritocracia, vista, por exemplo, na mega produção “Quem quer ser um milionário?”, de Simon Beaufoy, na qual a personagem protagonista ganha o prêmio de um milhão de rúpias por relacionar as perguntas de um programa a suas experiências cotidianas.
Com base nessas frustrações, Descartes passa a enxergar que a razão, motivadora de sua dúvida persistente, é o melhor método cognitivo, já que “não nos sugere que tudo quanto imaginamos seja verdadeiro”. Assim, em “O discurso do método”, Descartes antecipa a grande objeção dos positivistas do século XIX, por tentar distanciar-se de sues próprios preceitos, e, não obstante, lança a ideia de que o que é verdadeiro é evidente e distinto.
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