O positivismo de Augusto Comte surgiu na França, no século XIX, e esse novo método que visa empregar as ciências matemáticas e a experimentação não só nas chamadas ciências da natureza, mas também nas ciências sociais e políticas foi de grande influência na Europa, chegando até o Brasil.
Exemplos da influência do positivismo podem ser encontradas na nossa literatura, em importantes obras de autores como Aloísio de Azevedo e Raul Pompéia. Este possui em sua grande obra "o Ateneu" uma clara orientação positivista essa mesma orientação aparece nas obras "O Mulato", "Casa de Pensão" e "O Cortiço" de Aloísio de Azedo.Essas obras revelam uma natureza que, diferente da encontrada no estilo romântico, se encontra despida de qualquer forma de idealismo, e essa forma de abordar o mundo permite que a sociedade seja analisada e observada, o que por sua vez nos leva à chamada "física social" proposta por Comte.
No âmbito da política essa influência pode ser notada laicização do Estado, na Abolição da Escravatura e até mesmo na Proclamação da Republica, mas o maior símbolo dessa corrente no Brasil encontra-se na bandeira nacional criada por Raimundo Teixeira Mendes: A máxima "Ordem e Progresso" mostra uma busca por uma sociedade mais justa fraterna e progressista, baseada nos mesmos ideais da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), maior marco baseado no positivismo da história mundial.
Em uma história mais recente foi Vargas quem utilizou ideias positivistas para criar uma legislação trabalhista, visando fazer com que as "engrenagens" da sociedade brasileira funcionassem de melhor maneira.
Com tudo isso é possível perceber que o positivismo de Comte, embora criado no contexto de uma França revolucionária foi de grande utilidade e influência em nosso país, marcando de maneira bastante clara nossa literatura e nossa forma de fazer política.
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