Augusto Comte, com sua filosofia positiva, faz
refletir a respeito do método de conhecimento utilizado na intelectualidade
contemporânea. Trata-se de um método geometricamente fragmentado – a chamada
didática - que visa muito mais à perfeição técnica do profissional.
É
recomendável refletir até que ponto tal fragmentação é nociva e até que ponto é
útil e necessária na transmissão do conhecimento.
Comte
diferencia os termos ciência e técnica, sendo esta a
responsável pela praticidade, a aplicação, as ações profissionais em si, e
aquela a preceptora da reflexão, dona de um caráter muito mais filosófico.
O
profissional-cidadão completo é aquele que possui como base do conhecimento um
panorama holístico da realidade, o capaz de interpretar
o mundo a fim de melhorá-lo
(proposta que coincide com o fim da física social).
A
técnica é extremamente importante para o estágio atual de desenvolvimento
científico, mas é supervalorizada em detrimento humanização do ensino, que
deveria se dar através de uma educação política dos indivíduos e do incentivo à
reflexão filosófica em todos os aspectos.
É
necessário formar intelectuais completos, capazes não apenas de lidar com
problemas práticos, mas de agir em sociedade, procurando estancar seus males.
Apenas desse modo, o progresso das nações socialmente doentes poderia ser pleno
e não apenas setorial (econômico ou tecnológico), como é atualmente.
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