Todos têm algo de positivista. A simples pergunta "para que eu vou usar isso?" já mostra a preocupação humana pela busca do útil e do real, e comprova a afirmação anterior. Assim, ao criar a física social e expor seu curso positivista, Comte mostrou uma maneira de enxergar a sociedade que visava o progresso, este que é ainda o objetivo do homem contemporâneo.
Resgatando a ideia do mundo mecânico de Descartes, Comte deixa clara a importância do cumprimento dos papéis na sociedade por cada um, sendo todos igualmente necessários para o equilíbrio como a engrenagem o é para o funcionamento da máquina. É preciso que exista ordem, pois sem a manutenção da mesma, além de nunca se atingir o potencial humano, será estabelecido o caos.
Apesar de defender, de certa forma, a desigualdade social, o " Curso de Filosofia Positiva" prega uma ciência de ação. A ousadia de Comte consiste em propor soluções não mais teóricas, mas efetivas.
Corretas ou não, as ideias positivistas foram de extrema influência no Brasil e no mundo. O fato de apresentar soluções práticas para os problemas sociais fez do positivismo um método popular para as políticas públicas, que procuravam manter a ordem social. Resta ainda a questão da igualdade social, pois não se pode ignorar que a mesma é parte do caos. Enquanto a prática não resolve, o progresso fica na teoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário