Augusto Comte, francês
nascido em 1857, além de criador da disciplina Sociologia, também é o pai do
pensamento positivista. Tal corrente propõe a observação científica da
realidade, cujo conhecimento tornaria possível o progresso dos indivíduos e da
sociedade como um todo.
Comte acreditava que a
observação do convívio social deveria ser interpretada através de um modelo e
que, a partir dessa análise, criar-se-ia um processo de evolução e melhoria
permanente. A filosofia positivista do autor não admite que crenças, superstições
ou religiões sejam capazes de explicar os fenômenos naturais ou sociais, aceitando
apenas esclarecimentos por parte de experiências empíricas, previamente
observadas, comparadas e classificadas em métodos. Tal visão também não se atém
na causa dos fenômenos, mas sim nas leis que os regem: é a investigação do
real.
A principal característica
do pensamento positivista é a previsão, ou seja, sugere que devemos
primeiramente conhecer a realidade em que vivemos para sabermos quais as conseqüências
das atitudes que tomamos no presente. Tal característica se sintetiza na frase “ver
para prever, a fim de prover”, de Comte.
O positivismo também teve
forte influência no Brasil, como pode ser visto até mesmo no maior símbolo
pátrio do país, a bandeira nacional, onde as palavras “ordem e progresso” são
de evidente crédito positivista. A filosofia positivista também marcou presença
na música brasileira, principal meio cultural do país, como pode ser visto na
música “Positivismo”, de Noel Rosa e Orestes Barbosa: “A verdade, meu amor, mora num poço. É Pilatos,
lá na Bíblia quem nos diz. Também faleceu por ter pescoço o (infeliz) autor da
guilhotina de Paris. Vai, orgulhosa, querida, mas aceita esta lição: no câmbio
incerto da vida, a libra sempre é o coração. O amor vem por princípio, a ordem
por base. O progresso é que deve vir por fim. Desprezaste esta lei de Augusto
Comte e foste ser feliz longe de mim.”
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