Augusto Comte, um dos grandes filósofos franceses, é a
principal força filosófica quando se fala no Positivismo, apresentando-o como
uma teoria do conhecimento apta a perceber e desvendar a ordem natural dos
acontecimentos históricos.
Ao desenvolver leis gerais adequadas a todos os indivíduos e todas as sociedades,
limita-se à experiência imediata, pura, sensível, dominada por leis
mecânicas de associação e de evolução. Por outro lado, o positivismo se
apresenta como uma coordenação das ações políticas necessárias à manutenção
dessa ordem, que leva ao progresso, contrapondo-se assim ao idealismo abstrato,
opondo-se também a qualquer tipo de conhecimento que não esteja amparado em
condições reais e demonstráveis.
Comte crê definitivamente ter se deparado
com a filosofia natural, a que Bacon tanto se referia, mesmo sem ter encontrado
suas verdadeiras normas de funcionamento. A observação e o desvendar da ordem
natural é o ponto de partida para uma ação racional sobre a própria natureza do
positivismo.
Ele, acondicionado pelo
otimismo moderno, apresenta a ciência como a única e verdadeira redentora e
realizadora da promessa do conhecimento e do progresso.
Portanto,
a filosofia de Comte concede à ciência lugar de fundamental destaque, na medida
em que a ela compete munir o conhecimento do mundo e o plano de ação
apropriado ao seu manejo. Ver para prever e prever para controlar,
eis a síntese da perspectiva cientificista da filosofia
positivista que em conjunto com a ordem que leva ao progresso, a observação e a experimentação,
foi de alguma forma, enraizada na consciência epistemológica moderna
que se expandiu por várias formas de conhecimento, inclusive para o direito.
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