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segunda-feira, 27 de abril de 2015

FRANCIS BACON: EXPERIMENTO COMO BASE DO CONHECIMENTO


Conhecido como pioneiro da filosofia empirista, Francis Bacon irá revolucionar a forma de obtenção de conhecimento de sua época, para tanto, estabelece uma crítica a filosofia grega que aplica a ciência como o exercício da mente, porém sem nenhuma aplicação prática na conduta humana, tal como no trecho: “ (...) sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril em obras”. Além disso, Bacon acreditava que para Aristóteles a experiência era escrava da razão, ou seja, as conclusões eram previamente estabelecidas sem a consulta da natureza e do mundo empírico para sua resolução, sendo assim, as afirmações eram feitas de maneira arbitrária. Portanto, a filosofia tradicional não traz uma verdadeira mudança social.
Assim, Bacon acreditava na mudança do método para se obter o conhecimento, no qual a experiência deve guiar a razão, e não ao contrário. Dessa forma, a descoberta científica é guiada pela experimentação. Em contrapartida, tal concepção de busca pelo conhecimento se mostraria inválida para o racionalista Descartes, uma vez que este acreditava que as imperfeições dos sentidos traem a razão resultando em conclusões errôneas. Porém, para Bacon, a antecipação da mente através de analogias de eventos comuns são uma forma de obtenção do senso comum que nem sempre trazem validade cientifica.

Com intuito de explicar os pré-conceitos estabelecidos pela razão, Bacon irá utilizar da ideia de ídolos que são falsas percepções que temos sobre o mundo bloqueando a mente humana de se obter o conhecimento. Quatro ídolos irão representar tais percepções. O ídolo da tribo que é uma característica inerente a condição humana representando a distorção da realidade provocada pela própria mente humana. O ídolo da caverna que representa as influências externas sobre o indivíduo, pode ser exemplificado por suas leituras e educação que irão moldar seu modo de pensar. O ídolo do foro que se refere a influência das associações no pensamento do indivíduo. Por fim, o ídolo do teatro que está vinculado as representações teatrais as quais os indivíduos estão submetidos, como postulados filosóficos.

Beatriz Palma, Direito Diurno.

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