Francis Bacon foi um importante filósofo inglês do século XVI, nasceu em
1561 na cidade de Londres e é considerado um dos fundadores da ciência moderna. Em sua obra Novum Organum criticava a
filosofia grega, afirmando que esta possuia muitos diálogos e argumentações
quase que exclusivamente sobre um plano ideal, com induções e no qual a experiência
era escrava da razão. Com isso, não tinham aplicações práticas a
realidade e não melhoravam a vida da sociedade. Portanto, nessa obra o autor
defende a importância de um método empírico o qual tem na experiência sua base
do conhecimento juntamente com o uso da razão.
O pensador propunha a não
entrega ao senso comum, as deduções fundadas apenas pelo cotidiano, pelos
costumes e não através da experimentação e da razão. Afirmava que a mente não podia
guiar-se por si própria e quando tais falsas percepções eram feitas, Bacon as
chamava de Ídolos. Com isso, para o absorvimento e construção do conhecimento
pautado na realidade era necessária a superação da idolatria.
Bacon divide os ídolos,
falsas percepções de mundo, em ídolos da tribo, do foro, da caverna e do teatro.
O primeiro se refere à mente humana que através de suas percepções e paixões defendem
o que lhe agrada, não estando realmente correto, o segundo é a influencia
familiar e social a qual o homem esta inserido, o terceiro é a influencia da educação
e da classe social do homem e o quarto vinculam-se as representações teatralizadas
e impregnadas de equívocos e superstições como a religião e a astrologia. Esses
ídolos interferem na construção do conhecimento, portanto é necessária a superação destes.
O texto do filósofo é atual, pois tais ídolos,
como Bacon se referia, ainda atuam e influenciam a sociedade moderna dos dias
de hoje na tomada de decisões e na vida em geral. Desta maneira, para o autor
era necessário, através do seu método da experimentação regulada pela razão, a libertação
do homem de tais ídolos para assim o conhecimento ser pleno e haver a dominação
da natureza e da vida pelo homem.
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