Linchamento: Um reflexo social.
Os constantes casos de linchamento dentro do Brasil,chamou a atenção de diversos setores da sociedade,tantos dos leigos quanto aos sociólogos.Pois são relatos de atrocidades da mais profunda barbárie, cometidos por pessoas "do bem" ou que pelo menos nunca apresentaram conduta criminosa em suas vidas.Afinal, a que se justifica os linchamentos no Brasil?
Segundo o pensamento de alguns sociólogos,embasados na teoria do "Fato Social" de Emile Durkheim,a ação do linchamento,nada mais é do que a consequência de outros fatos sociais vigentes nessa sociedade.Assim, a suposta visão de fragilidade do setor de segurança/justiça,faz com que os cidadãos brasileiros queiram aplicar a justiça pelas suas próprias mãos.Todavia, a falta de competência para tal ação,tornam tais linchamentos ações extremamente equivocadas e com grau extremo de violência.
Entretanto,o lado leigo da sociedade brasileira,traz discórdia sobre o assunto.Em especial,quando a ação de linchamento ou de "justiça pelas próprias mãos " é feita contra seres humanos realmente culpados pelos crimes que estão sendo "julgados".Afinal, considerável parte da sociedade do país,acredita que a impunidade é a palavra que rege a justiça do Brasil,por isso, esses cidadãos se sentem no direito de linchar/julgar esses criminosos da maneira que quiserem .
Porém,os linchamentos devem ser coibidos pelo poder público.Afinal,a ação de julgar,condenar e aplicar a pena aos infratores da lei,cabe apenas ao poder judiciário,o qual é treinado e acostumado a tomar tais decisões.Deixar com que ocorram os linchamentos e "julgamentos públicos",seria em uma analogia simples,pedir para que um aluno da educação infantil ministre aulas no ensino superior,ou seja,não há preparação e nem responsabilidade alguma para isso.Assim,caso a sociedade não esteja se sentindo representada pelos julgamentos do poder judiciário,que usufruam do poder do voto,para que os legisladores exerçam influência e pressão sobre as decisões da justiça do país.
Guilherme Dadalto - Direito Noturno
Guilherme Dadalto - Direito Noturno
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