Para Émile Durkheim, para o fato social existir não só é
preciso que haja o desejo e a vontade para seu surgimento, como também é
preciso forças capazes de produzi-lo. Na sua obra “As regras do método
sociológico”, ele criticou a ideia de sociólogos como Auguste Comte e Spencer
de deduzir a causa do fato social a partir do fim. Para ele as causas que fazem
o fato social existir são independentes dos seus efeitos e finalidades e,
deve-se, primeiramente, estudar as causas de cada fato social e apenas depois
seus fins para que haja rigor científico; ou seja, ele afirmava que esses seus
antecessores na sociologia explicavam os fatos sociais pela sua utilidade e,
segundo Durkheim, “os usos a que servem supõem as propriedades específicas que
os caracterizam, mas não o criam”.
Para Émile Durkheim a causa real de um fato social deve ser
estudada a partir de fatos sociais antecedentes – mas não é suficiente estudar
a correlação entre os fatos sociais, é preciso que haja uma explicação racional
vinculando-os, os resultados da comparação deveriam ser interpretados. – já a
função desse fato social deve ser buscada na relação que ele mantém com um fim
social. Além disso, Durkheim critica os conceitos de sociedade para Thomas
Hobbes – sociedade é a continuidade da vontade social – e para Spencer –
sociedade é intrínseca à natureza do indivíduo – já que para Durkheim a sociedade
vai além do indivíduo.
Dessa forma, Durkheim foi singular no seu método sociológico uma
vez defende que tal método é independente da filosofia, da psicologia e das
ciências naturais e é objetivo (fatos sociais são tratados como coisas) e no
fato de que, para ele, a sociedade é superior ao indivíduo e nele influencia.
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