A sociologia funcionalista tem por objetivo estudar as instituições, os fatos sociais, todos em sua origem. Muitos tentaram estabelecer a origem de cada um, porém ao olhar de Durkheim acabaram falhando em certos aspectos, para ele a verdadeira origem deles não é da consciência particular, mas sim do coletivo. Sua existência própria faz com que a explicação de cada fato se dê por outro, formando assim uma teia, cada qual ligando-se formando uma complexa sociedade. As instituições por sua vez surgiriam das necessidades, de causas eficientes, o que mostra que o coletivo também determina certas coisas, pois não basta que apenas um indivíduo queria, mas que existam implicações internas que condicionem os fenômenos. Seria então a função social a parte que cabe a determinado fato social para o estabelecimento do equilíbrio social.
Ao analisar pela primeira vez Durkheim de uma forma mais crítica, diferente da concepção que temos no ensino médio, acreditei que sua teoria na se viabilizava por não considerar o indivíduo como autor de suas decisões. Tudo que pensava é que existiam aqueles que iriam contra aos fatos sociais mais fortes, como por exemplo um adolescente de classe baixa, que vive uma comunidade carente e tem em volta todo o ambiente do crime, são poucos os casos, mas nem todos se envolvem com a criminalidade, e ao meu ver isso seria por conta da individualidade, e que Émile Durkheim negava existir. Com uma análise mais detalhada, percebo que o que faz cada um optar seu caminho não foi o individualismo como eu acreditava, mas a força de certo fato social naquele momento, assim se o adolescente optou por não traficar, é porque algum outro fato social tinha maior destaque, como por exemplo um projeto educativo de capoeira, naquele momento o tráfico não teve tanta força para o jovem, mas poderia ter sido diferente caso a decisão acontecesse em outros dias. É completamente perceptível como somos todos comandados por fatos sociais, ninguém é extremamente diferente, junto da cultura de massa e a indústria cultural todos somos ainda mais parecidos, mesmo aqueles que se julgam diferentes tem mais um milhão de pessoas com o mesmo pensamento, ir contra a cultura de massa não te faz mais especial ou mais inteligente, você apenas sofre de outro fato social.
Gabriella Akemi Kimura- 1º ano direito noturno
Gabriella Akemi Kimura- 1º ano direito noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário