A partir do século XVI, com o advento do Renascimento, a busca pelo conhecimento através da ciência passou a ser por meio de explorações e experimentos no lugar da ciência contemplativa, a qual tinha por base de suas explicações pressupostos teológicos e metafísicos. Estas duas últimas maneiras de se explicar os fenômenos da natureza foram confrontadas pelo filósofo Francis Bacon, na sua obra "Novum Organum", que ao analisá-las chegou à conclusão de que tais interpretavam os fenômenos naturais de maneira errônea, pois só se utilizavam da interpretação dos sentidos, a formação do indivíduo, das suas relações interpessoais e a influência de superstições, magia e astrologia. A maneira correta seria a de realizar experimentos e explorações, assim a mente humana poderia trabalhar apoiada em algo que não fosse ela mesma logrando novos resultados, o incremento das ciências e, assim conseguir compreender, interpretar e vencer a natureza. Essa necessidade de se vencer a natureza está até hoje incutida na sociedade, como pode-se observar nos tantos estudos sobre terremotos, tsunamis e dentre outras catástrofes naturais, com o intuito de entendê-las como funcionam e achar soluções. Ainda que haja um pouco das influências dos ídolos do teatro, como as superstições, Bacon influenciou e continua influenciando as pesquisas científicas com seu método de "conhecer para dominar".
Iris Acácia Crusca - Direito noturno
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