Francis Bacon é considerado “pai da ciência moderna”, pois,
com seu Novum Organum, propõe uma nova – e revolucionaria – maneira de fazer
ciência. A obra trás inúmeros aforismos que procuram substituir o método científico
vigente na época, o racionalismo aristotélico, na busca por um conhecimento
mais preciso da realidade.
Em Novum Organum Bacon nega, sem menosprezar, o racionalismo
puro como forma mais eficaz de entender, explorar e dominar a natureza – ou fazer
ciência - por estar à mente sujeita a muitas falhas quando deixada livre. Na
ciência moderna troca-se a observação pela experimentação e a dedução pela
constatação, ou seja, trata-se da “interpretação do mundo pela experiência”.
A metodologia científica proposta por Bacon, que se encontra
longe tanto do “racionalismo exagerado” quanto do “empirismo radical”, obteve
tamanho sucesso e aceitação que terminou por suplantar as antigas maneiras de
ser fazer ciência. Hoje a pesquisa laboratorial domina a produção científica,
sendo a constatação material fundamental para, por exemplo, a publicação de um
artigo científico.
Aos poucos a ciência moderna, que já domina o campo
profissional, vai adentrando o campo educacional. Cada vez mais escolas de todo
o mundo trocam o ensino tradicional, onde o aluno aprende apenas raciocinando,
por métodos de aprendizagem por experimentação, que vêm obtendo grande êxito na
eficácia do ensino.
Ou seja, mais do que uma novidade passageira, as proposições
de Bacon em Novum Organum promoveram uma verdadeira revolução que se estende
até os dias atuais, com possibilidades ainda passíveis de exploração no futuro.
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