Em A Divisão do Trabalho Social, Durkheim afirma que a divisão do trabalho existe desde as primeiras formas de sociedade, quando a divisão se dava sexualmente dentro da família, e aponta a sua importância social, além do âmbito econômico - seria criado um vínculo que existiria para além da mera troca de serviços. Ela seria capaz de gerar sentimento de solidariedade, na medida em que, em nome da sobrevivência, todos teriam aceitado a diferenciação social, cada qual ocupando a sua função. Solidariedade, em sua concepção, seria a negação de si e a afirmação do todo – Durkheim coloca o todo em detrimento do indivíduo. É essa consciência coletiva que manteria o corpo social coeso
O Direito seria um elemento de controle social aliado ao Estado com suas sanções e restrições. Além disso, seria um fato social que expressaria essa diferenciação e formas de solidariedade social por representar as relações sociais no que elas têm de mais estável e preciso.
Na época da produção dessa obra, a França passava por uma bipolarização social entre burgueses e operários. No decorrer do texto, fica clara a posição de Durkheim: a da ordem social; a cada um cabe aceitar e cumprir sua função na divisão do trabalho.
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