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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Máscaras.


Durkheim discorre sobre a divisão do trabalho afirmando que esta vai além do preceito econômico, ou seja, cada indivíduo assume e aceita sua posição já pré-determinada a fim de que o todo seja beneficiado por esta solidariedade - que esta longe se ser filantrópica.As iniciativas pública e privada, de posse desse discurso, que procura legitimar também papéis e condições relativamente baixos, criaram lemas que mascaram o real interesse: o individual.

" Brasil, ame-o ou deixe-o" lema que extirpa o imperativismo do período.Amar um Brasil que crescia sem medidas, que se erguia com obras faraônicas que entretia as massas e que iludia a classe media com shopping centers;a fim de desviar as atenções dos estranhos sumiços, da divida exorbitante e da falta de políticas publicas nas cidades. Um discurso que entusiasmava as classes baixas, justamente estas classes que ao fim ficaram sem a parte que lhe cabia do bolo.

Mesmo a iniciativa privada, cria com esse discurso uma falsa sinergia no ambiente de trabalho que leva a um novo arranjo no atendimento e execução das tarefas, com lemas do tipo 'vamos fazer juntos?', 'cuidando para um mundo melhor' mascarando o real interesse que fica especificamente interno à seus prédios - e não o bem comum.

Se Durkheim, no entanto, rechassava o pensamento individualista, percebemos que seu discurso por muitas vezes usado, serve para legitimar uma máscara que se diz coletiva mas que atende a demandas de pequenos grupos.

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