O lema "Ordem e Progresso" presente na bandeira brasileira alinha-se à corrente Positivista, desenvolvida por Augusto Comte em um contexto de ascensão da classe burguesa e da necessidade de legitimação de seu poder através da lei. Nesse sentido, tal corrente possui como premissa "justo, porque ordenado", assim, a ordem está acima de todos os demais princípios, e para concretizá-la, o direito advém das normas.
Sob essa ótica, o Positivismo contribui para a exploração da classe trabalhadora e para a manutenção do poder da classe dominante. Isso ocorre porque segundo esse pensamento, aquele que cria e tem controle sobre as leis, ou seja, o Estado (que representa um determinado grupo) é responsável por dominar e exercer influência sobre a parcela menos favorecida, já que ele dita as normas, e consequentemente, os direitos. Dessa forma, as desigualdades são perpetuadas em um cenário pautado na "lei do mais forte".
Além disso, na visão positivista o progresso é entendido como o alto desempenho industrial, isto é, na capacidade de produzir riquezas. Sendo assim, para o Positivismo, o garimpo em terras indígenas por exemplo, é permitido, pois tem como finalidade o desenvolvimento da nação. No entanto, tal perspectiva desconsidera os direitos dos povos indígenas que ali vivem, desrespeitando seus costumes e sua cultura.
Portanto, é evidente que os preceitos difundidos por Augusto Comte devem ser revistos, uma vez que a ordem e o progresso idealizados na bandeira brasileira se distanciam da realidade crítica, caracterizada pela desordem e pelo regresso. Desse modo, o pensamento positivista deve ser substituído, a fim de que a sociedade seja mais justa e igualitária.
Sabrina Sanches- 1º ano noturno - RA: 241222729
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