Olhando para o estado atual da sociedade, é inevitável questionar: como chegamos até aqui? Segundo a visão positivista de Auguste Comte, esse “progresso social” está fortemente ligado à ascensão da razão e da ciência, que impulsionam o desenvolvimento humano. Contudo, paira uma dúvida latente: será que essa abordagem, tão focada na objetividade e na observação empírica, é verdadeiramente capaz de abranger a complexidade da sociedade moderna? Afinal, a vida humana transcende números e fatos, sugerindo que talvez a visão positivista não seja totalmente eficaz para decifrar essa complexidade.
No contexto contemporâneo, a humanidade se depara com diversas adversidades complexas que vão desde questões socioeconômicas até dilemas éticos. Todavia, ao buscar explicações para fenômenos sociais, o positivismo é constantemente utilizado de forma distorcida para justificar hierarquias sociais injustas e ideologias discriminatórias. Por exemplo, teorias como o darwinismo social, que distorcem conceitos científicos para promover uma superioridade racial e étnica, foram empregadas para legitimar o racismo, a eugenia e o colonialismo. Tais interpretações deturpadas do positivismo contribuem para a disseminação do preconceito, lançando uma sombra sobre seu legado.
Portanto, o positivismo oferece um ponto de vista para analisar os problemas sociedade atual, destacando a importância da razão e do conhecimento científico. Porém, é necessário adicionar à essa perspectiva valores éticos e sociais que influenciam nossa visão de mundo, não somente aspectos práticos. Assim, ao integrar a visão com princípios positivista com uma reflexão crítica sobre questões sociais mais amplas, será possível trabalhar em direção ao progresso e a harmonia social.
Mariana Sanches Ribeiro, 1º ano - matutino, RA: 241223661
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