Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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terça-feira, 4 de agosto de 2020
A carência institucional brasileira
O Estado de anomia social é inerente a algumas localidades do Brasil.Milhões de brasileiros têm que conviver com poderes paralelos,o que representa uma falha das instituições sociais.Nesses locais,muitos cidadãos não têm o mínimo de direitos,como as diferentes formas de liberdade,o que gera uma perda da dignidade humana. Durkheim teria um ataque de pânico se visse a estrutura social brasileira presente em algumas localidades.Suas ideias de um corpo social funcionando perfeitamente é diametralmente oposta ao que se vê nas periferias das cidades grandes.Em algumas favelas o poder de polícia,que é um dos pilares para organização social, quase não está presente.E quando essa instituição faz alguma ação preventiva,muitas vezes,deixa cidadãos de bem feridos e ,até mesmo,mortos.A lei costuma ser comandada pelo crime organizado,que até dita o horário de funcionamento do comércio.Mas não pense que o Estado anômico é restrito aos grandes centros. Nos confins do sertão ainda vale a lei do mais forte.Algumas décadas atrás ,Guimarães Rosa disse "se deus vier,que venha armado".Essa frase,infelizmente,ainda é válida.O poder dos coronéis não respeita nada e ninguém,são comuns práticas,como o trabalho escravo e a morte de quem questiona sua autoridade.Não é atoa que o Brasil lidera o número de morte de ambientalista e é marcado por tragédias envolvendo indígenas. Portanto,o estado de harmonia social proposto por Durkheim,com a presença de fortes instituições governamentais para gerar ordem social é ausente para muitos brasileiros.Esses problemas promovem uma perda de liberdade,como o direito de ir e vir.Além disso,uma espécie de lei do mais forte é criada,na qual todos saem perdendo. JOÃO VITOR SODRÉ DIAS GALVÃO/ 1ºANO NOTURNO
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