“Tempo é dinheiro” frase que é corriqueiramente escutada no
mundo hodierno e que ganhou sentido à medida que o capitalismo chegou em seu
auge e tornou-se a principal engrenagem das relações sociais. A classe operária
já não é mais vista como ser humano, e sim, classificada de acordo com seu
potencial produtivo e quanto tempo está disposto a vender para o seu padrão. Um
exemplo claro durante a história em que o capitalismo colocou sua busca incessante
de lucro acima das condições humanas aconteceu durante o período da revolução
industrial com a contratação de crianças e mulheres para trabalharem nas
fábricas, simplesmente porque eram uma mão de obra mais barata, sem se
preocuparem com as condições as quais esses grupos eram submetidos.
Marx e Engels preocuparam-se em estudar o sistema
capitalista para entenderem sua dinâmica e saberem que por si só o capitalismo
seria destruído. O patrão ao explorar cada vez mais o proletariado, faz com
que cresça nesses trabalhadores o sentimento de mudança, uma consciência
histórica formadora de uma classe revolucionária. Tal classe adquire forças produtivas
em conjunto com as inovações tecnológicas -feitas para automatizar os meios de
produção e aumentar o lucro dos proprietários-, no momento em que passarem a
terem pleno controle da máquina (e não mais ser dominado por ela), e que
controlarem a economia, teremos instaurada a ditadura do proletariado, uma das
fases para se consolidar o socialismo. Para eles coexistem duas classes sociais
que estão em permanente luta: o proletariado e a burguesia e a extinção dessa
luta resulta no socialismo e mais tarde, o comunismo; onde a igualdade entre as
pessoas seria maior, sem que houvesse a excedente busca por acumulo de capital,
a exploração e a propriedade privada na mão de poucos poderosos.
Em seu livro O manifesto comunista, relatam o papel importante que a
burguesia teve para a derrubada do poder monárquico (revolução francesa,
revolução russa), mas que perdeu o controle ao se preocupar somente com o
mercado e com o aceleramento da produção, criando dentro das fabricas ambientes
que foram retratados pela escritora Simone Adolphine Weil, que para obter uma
experiência mais concreta tornou-se operária da Renault e passou a conhecer de
perto o cotidiano dos trabalhadores. Ela descreve em seu livro como a rotina de
trabalho é desgastante e faz com que o trabalhador se acomode naquela situação
por não ter caminhos diferentes para seguir, descreve também o processo de
perda da individualidade, como se a máquina consumisse o homem juntamente com o
seu combustível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário