“Ver
para prever”
O saber
baseado no que é útil, certo e real. Esse talvez seja o enfoque dos
estudos de Augusto Comte, fundador da “física social”
positivista no século XIX. Filósofo e sociólogo francês, Comte
elaborou o positivismo: uma corrente de pensamento que carrega a
defesa de uma metodologia para a obtenção do conhecimento,
refutando o subjetivismo baseado em reflexões e juízos que não
possam ser comprovados pelo método científico.
O
objetivo do método científico positivista é a formulação de leis
gerais que regem os fenômenos naturais da sociedade, através da
observação, da experimentação e do uso do método comparativo. É
dessa forma que o positivismo se diferencia do empirismo, pelo fato
de que nesse, apenas a observação dos fatos não era suficiente
para a formação do conhecimento, era necessária a formulação de
leis que permitissem previsões dos fenômenos, permitindo o agir
sobre a realidade. Essa transformação social deveria visar o
progresso, e este se subordinaria à ordem, prevendo uma reforma
intelectual e moral na sociedade capitalista industrial da época.
Este era o lema positivista: “Ordem e Progresso”.
O Brasil
foi um dos países em que mais se fez sentir a influência da
filosofia positivista. Evidentemente, sua primeira marca está na
bandeira nacional, reproduzindo o lema “Ordem e Progresso” para o
Brasil republicano. A principal difusão do positivismo no país
aconteceu no meio acadêmico militar, devido à inexistência de uma
tradição em pesquisa científica. A construção de uma nova ordem
foi verificada nas mudanças políticas e culturais da época,
caracterizando campanhas em favor da abolição da escravidão e
pró-republicanas. Posteriormente, na década de 70, com Vargas, o
positivismo é novamente notado coma introdução de escolas técnicas
para recuperar uma sociedade abandonada pelo Estado, além da
aproximação de sindicatos com o Estado visando manter a ordem e o
equilíbrio nacional.
Gabriela Giaqueto Gomes - 1º noturno
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