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terça-feira, 16 de abril de 2013


“Ver para prever”

O saber baseado no que é útil, certo e real. Esse talvez seja o enfoque dos estudos de Augusto Comte, fundador da “física social” positivista no século XIX. Filósofo e sociólogo francês, Comte elaborou o positivismo: uma corrente de pensamento que carrega a defesa de uma metodologia para a obtenção do conhecimento, refutando o subjetivismo baseado em reflexões e juízos que não possam ser comprovados pelo método científico.

O objetivo do método científico positivista é a formulação de leis gerais que regem os fenômenos naturais da sociedade, através da observação, da experimentação e do uso do método comparativo. É dessa forma que o positivismo se diferencia do empirismo, pelo fato de que nesse, apenas a observação dos fatos não era suficiente para a formação do conhecimento, era necessária a formulação de leis que permitissem previsões dos fenômenos, permitindo o agir sobre a realidade. Essa transformação social deveria visar o progresso, e este se subordinaria à ordem, prevendo uma reforma intelectual e moral na sociedade capitalista industrial da época. Este era o lema positivista: “Ordem e Progresso”.

O Brasil foi um dos países em que mais se fez sentir a influência da filosofia positivista. Evidentemente, sua primeira marca está na bandeira nacional, reproduzindo o lema “Ordem e Progresso” para o Brasil republicano. A principal difusão do positivismo no país aconteceu no meio acadêmico militar, devido à inexistência de uma tradição em pesquisa científica. A construção de uma nova ordem foi verificada nas mudanças políticas e culturais da época, caracterizando campanhas em favor da abolição da escravidão e pró-republicanas. Posteriormente, na década de 70, com Vargas, o positivismo é novamente notado coma introdução de escolas técnicas para recuperar uma sociedade abandonada pelo Estado, além da aproximação de sindicatos com o Estado visando manter a ordem e o equilíbrio nacional.
 
Gabriela Giaqueto Gomes - 1º noturno

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