Émile Durkheim aprimorou a sociologia de Comte ao dizer que
o sociólogo deve ter um afastamento do seu objeto de estudo, ou seja, a sociedade.
Com isso, além de aprimorar, dificultou o estudo pois afastar-se de algo em que
é parte integrante, influente e influenciada, exige muita habilidade,
entretanto dessa maneira os resultados das análises sociais tendem a ser mais
precisos e verossímeis.
Além disso,
Durkheim cria e define o termo “fato social”, sendo que este refere-se aos hábitos,
costumes e tabus que estão intrínsecos na vida coletiva do ser humano e que são
as causas de várias atitudes em que não sabemos explicar objetivamente. Porém
os fatos socias podem alterar-se ao longo do tempo, como por exemplo na questão
de inferioridade racial entre brancos e negros que há 50 anos era extremamente
normal, mas hoje não é mais.
Mas também, encontramos os fatos socias na
vida econômica, principalmente na indústria cultural, na era da cultura de
massas (termos criados na Escola de Frankfurt por Theodor Adorno, Walter
Benjamim, entre outros). Ou seja, por que
astros de Hollywood são tratados como deuses do Olimpo? Por que comprar certos produtos nos “dignifica”? Tais acontecimentos Durkheim explica pelos fatos
socias.
Por fim, pode ser feita uma relação com a obra “O Suicídio”
, deste mesmo sociólogo, que trata dos suicídios como sendo egoístas, por motivos exclusivamente de cunho pessoal, altruístas, que além de
ter caráter coletivo procura gerar um bem a sociedade e anômico, aquele que
ocorre no estado de anomia (estado de completa “bagunça”) sendo que todos estes
podem ter explicações pautadas nos fatos sociais.
André Mateus Pupin
Primeiro ano, Direito diurno.
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