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sexta-feira, 16 de março de 2012

DESCARTES ALÉM DA SUA ÉPOCA
Se em pleno século XXI, no auge do avanço tecno-científico, ainda há espaço para superstições e crenças baseadas em costumes e tradições, há que se pensar a proporção e o peso dessas mesmas em 1637, ano em que foi publicada uma das maiores obras de René Descartes, O Discurso do Método.
Descartes estava muito além da visão tradicionalista e alquimista de sua época; ele procurou obter, para sua própria vida, um método livre de quaisquer pré-definições, para assim chegar o mais perto possível da verdade, utilizando-se para isso do princípio da dúvida. Réne valorizou a razão e a utilizou como propulsora do conhecimento real, verdadeiro, rejeitando qualquer definição pré-estabelecida pela sociedade. Até a existência de Deus foi provada racionalmente por Descartes, que afirmava que somente um ser supremo e perfeito poderia ter criado seres racionais, como os seres humanos, e esse arquiteto maior seria Deus.
O Discurso do Método, embora tenha sido escrito há séculos, nos remete à questões e a dúvidas atuais e cotidianas. A ciência avançou tanto e conseguiu explicar tantos fenômenos antes explicados apenas por mitos, e esclareceu tantas perguntas que pareciam sem respostas, mas ainda sim há pessoas que se agarram ao místico, ao sobrenatural, ou por uma questão de crença tradicional ou por desconhecimento técnico. O fato é que, lendo Descartes hoje, sentimos que ele escreveu em nossa época, salvo algumas partes, pelo valor que ele dá à razão e à verdade pura, que é tão grande quanto ao que damos atualmente.
Portanto, podemos dizer que Réne Descartes, ao criticar a metodologia dos filósofos de sua época e se propor a criar a sua própria que julgasse correta, estava não a um, mas a vários passos à frente do seu contexto histórico, e previu como pensariam as gerações futuras, no que diz respeito à valorização do conhecimento.

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