Descartes, ao enunciar sua teoria sobre a racionalização,tinha por objetivo derrubar o Mundo Mágico existente em sua época, Mundo este onde os mitos eram tão ou mais importantes que o pensamento crítico. Analisando o século XXI percebe-se que seus pensamentos nunca estiveram tão atuais. Somos descartianos tanto na vida particular quanto na profissional.
O bom profissional tem por dever atender as necessidades da sociedade da melhor maneira possível. Ele não deve deixar influenciar-se por suas crenças ou emoções desmedidas. A moderação é a grande virtude dos bons profissionais. O dinheiro não é uma consequência dessa virtude, é apenas uma ferramenta utilizada pela ordem vigente para compensar e estimular os que mais produzem, os que mais geram lucros.
Embora com uma frequência menor, é possível ainda assim perceber as ideias de Descartes presentes em nossas vidas particulares. Ao tomar decisões como: casar ou não, ter ou não filhos a metodologia descartiana se faz presente. É preciso, nesses momentos, deixar a idealização de lado e analisar com cuidado todos os efeitos que a escolha venha a produzir, não só no presente, mas principalmente no futuro. Assim, caso o resultado não seja o melhor possível, ele já era do conhecimento do indivíduo.
Seria bobagem afirmar, no entanto, que somos seres completamente descartianos, nossa humanidade consiste justamente em nossas diversas emoções e na expressão delas. Embora consigamos aplicar sua teoria de maneira, no mínimo, eficiente, não somos capazes e duvido que um dia seremos de aplicá-la em sua totalidade em todas as esferas da vida humana.
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