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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A construção do socialismo científico.

Engels acredita que o socialsmo precisa se comportar como uma ciência, baseando-se em fatos concretos e estudos históricos, observando o fenômeno da luta de classes desde de seu nascimento, para tornar essa ideia de coletivização da produção e dos bens realidade.
Dessa forma, faz uma forte crítica ao socialismo utópico, para ele, uma simples ideia, fruto da mente de algum homem iluminado não tem poder para combater o capitalismo (sistema econômico dominate). Como ele acredita que o socialismo precisa situar-se na realidade, também critica fortemente a metafísica e o pensamento de Descartes, segundo o qual é necessário fragmentar os objetos para compreendê-los com clareza, pois, com isso, perde-se a noção do papel desse objeto no todo.
A necessidade deu origem ao "materialismo". O materialismo surgiu em oposição ao idealismo alemão, com a missão de desvendar as leis do desenvolvimento histórico, baseado na pesquisa, de maneira semelhante a que ocorre na ciência natural. Com essa pesquisa descobriu-se a principal das leis históricas: a luta de classes. Essa é a luta da burguesia (síntese) contra o proletariado (antítese) e o resultado inevitável dessa luta é a teoria socialista.
O socialismo visa combater as contradições do capitalismo, uma delas é a exploração da burguesia (classe dominante) sobre o proletariado, através da mais-valia, ou seja, a burguesia obtinha grandes lucros apropriando-se do trabalho operário não pago. Para Engels, a única forma de acabar com essa exploração é mudando a estrutura econômica da sociedade.
No modo de produção capitalista, o produto é mais importante do que o proletário, porque nele, diferentemente do pré-capitalista, onde o operário conhecia todo o modo de produção, não é necessário nenhum conhecimento e, portanto, qualquer um pode trabalhar na linha de produção. Isso acirrou a disputa pelo emprego, tornou o proletário substituível e colocou-o abaixo do produto.
A alta competitividade do mercado estimulou o aperfeiçoamento do maquinário, o que possibilitou que a burguesia se apropriasse de um tempo de trabalho operário maior (mais-valia relativa). A mais-valia relativa aumentou o lucro burguês e a jornada de trabalho do operário, gerando uma gigantesca desigualdade social.
Para combater essa desigualdade o socialismo precisa usar do materialismo dialético e fazer uma leitura minuciosa do modo de produção capitalista contemporâneo a ele. Só conhecendo-o bem o socialismo pode combatê-lo a usá-lo a seu favor, já que o desenvolvimento tecnológico capitalista é essencial para produzir a riquesa necessária para dar boas condições de vida à toda uma população.
Quando isso acontece, o Estado se torna desnecessário, pois a luta de classes acaba e ele perde sua função. Nessa situação "homem sai do reino animal" e torna-se "senhor consciente e efetivo da natureza" [pp. 16-17]

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