Engels, em seus escritos, defende e engrandece o socialismo, graças as idéias racionais e de liberdade que este trazia impregnadas em seus ideais. Entretanto, esta liberdade, com o declínio do modo de produção feudal,passou a tangenciar uma pequena parte da sociedade, mais especificamente uma classe social, a burguesia.
É especificamente nesse período, onde a burguesia passa a se sobressair, que nasce o Capitalismo,ordem usada pela burguesia para impor sua supremacia. Esta apresentava como seu pilares pontos como a produção em série e a mais valia.
Nesse contexto surge o Socialismo, movimento de choque ao capitalismo e que apresentava em seus primórdios um grande caráter de liberdade à todos os indivíduos da sociedade, extinguindo as relações de soberania existentes. O problema de tal pensamento, era que ele não levava em conta pontos importante como o momento histórico que era vivido, além de afastar a base científica para suas proposições.
Ao extinguir fatores, como por exemplo a já citada mais valia,o Estado estaria promovendo a socialização dos meios de produção fazendo com que todos se tornassem seus donos, com isso ele defendia não uma classe, mas toda a sociedade, o que geraria o desaparecimento do poder do Estado, já que inexistiria a necessidade deste na ausência da luta de classes.
O problema visto pelo autor em tal movimento é, portanto, não seus ideais , mas o caráter de desconsiderar o que é atingível ou não, ou seja, ao desconsiderar as bases científicas ( no sentido de todas as ciências do conhecimento) o Socialismo mostrava sua impossibilidade de realização como meio de transformação, pois era preciso uma xícara de realidade um pouco maior para tranformá-lo em um grande movimento.
Guilherme Dias- Direito Noturno
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