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domingo, 27 de março de 2011

Os limites do saber

A obra de René Descartes, mais especificamente o seu livro Discurso do Método deve ser vista como uma reflexão acerca do seu tempo e da crise que se vivia devido à contestação do paradigma aristotélico e ao avanço do ceticismo. Buscando uma nova maneira de olhar a realidade, esse grande filósofo, que foi também um gênio da matemática, iniciou a procura pela verdade utilizando um método orientado pela razão, o qual tornaria o pensar aplicável à vida humana.

Para isso, Descartes critica o ensino tradicional e a filosofia especulativa, a qual teria alicerces muito frágeis e passa a duvidar de tudo aquilo que poderia lhe enganar. Em sua dúvida metódica, o filósofo coloca em questão a observação direta, desconfiando do testemunho de nossos sentidos e também dos nossos sonhos, pois esses constantemente nos iludem.

Nesse ponto, René Descartes, surpreendendo grandes pensadores, conclui que Deus existe, pois se o ser humano possui o conceito da perfeição, alguém todo poderoso deve ter implantado essa ideia nele. A partir daí percebe-se que há duas coisas que podem ser inferidas com absoluta certeza: que apesar de não conhecer sua própria natureza, o ser humano existe e que ele tem consciência das experiências que vive. Descarte sintetizou essa conclusão numa frase latina que se tornou famosíssima: Cogito ergo sum, traduzida por "Penso, logo existo".

René Descartes, apesar do receio em relação às conseqüências da publicação de seus pensamentos, foi um dos grandes criadores do racionalismo e devido à sua influência, a busca da certeza dominou a atividade intelectual no Ocidente.

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