A razão como único fundamento que nos diferencia dos animais, é o grande instrumento que constrói o método científico, permitindo a elevação do conhecimento. René Descartes, filósofo, físico e matemático francês, analisa em sua obra “O Discurso do Método” o caminho na busca da verdade dentro da ciência através da razão. Utiliza o método como meio de superar as superstições, criticando o “conhecimento sobrenatural” e o que foi adquirido apenas pelo hábito ou por exemplos.
A observação e os questionamentos são princípios fundamentais na construção de método científico e os fatos indiscutíveis, claros e confiáveis, sem nenhum tipo de suspeita, são os critérios da verdade. Descartes, devido a esse caráter claro e absoluto, propõe um modelo quase matemático para conduzir o pensamento do homem.
O autor evidencia também a existência de um Ser perfeito e soberano, que possui tudo o que dependemos e de quem recebemos tudo que possuímos. Esse ser é Deus, e sua existência é indubitável, e nós somos sua imagem imperfeita. Dessa maneira o autor cria certa contradição, visto que, apesar de seu caráter completamente racional, e de não acreditar em valores místicos, acredita piamente em Deus como ser superior.
Para Descartes, o que se diz pensante evidencia a própria existência, remetendo assim ao princípio filosófico “Penso, logo existo”. Visto que, não pode, ao refletir se os seus pensamentos são reais, negar que esteja pensando, pois a mente pode raciocinar sobre coisas de sonho e reais. Portanto, concluiu que tudo deve e pode ser posto em dúvida, exceto o fato de que pensa. É através do pensamento que a racionalidade origina os métodos que evidenciam a veracidade de seus argumentos.
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