Partindo da investigação, instigada pela desconfiança, de fatos tidos como verdadeiros é que Descartes elabora a obra “O Discurso do Método”. Almejando encontrar o que realmente é ciência, portanto, verdade, o autor traça um caminho sistemático a fim de desvendar os erros cometidos pela aceitação de hábitos ou pressupostos.
Este novo caminho é denominado “método” e consiste em executar ações em determinada ordem visando suprimir lacunas ou solucionar dúvidas relacionadas ao objeto estudado. Entre essas ações encontra-se em primeiro plano a recusa de algo considerado verdadeiro sem ciência total desta condição, isto é, a suposição de que tudo pode não ser verdadeiro até que fique evidente, pela razão, sua veracidade. Em seguida, é proposta uma fragmentação do que surgir como “não confiável” a fim de esclarecer tal problema. Após esta divisão é feito um estudo racional dos pensamentos, iniciando-se pelo mais simples a fim de atingir um raciocínio mais complexo. Então, checa-se o caminho percorrido, metodicamente, para certificar-se de que alcançou a verdade.
Ao relacionar esta obra com a atualidade é notória a utilização de sua essência em diversos âmbitos, desde trabalhos científicos, conforme proposto por Descartes, passando por parte do modelo de assimilação de conteúdo no processo de educação, até a aplicação em rotinas produtivas. Assim, a valorização da razão somado ao processo de conhecimento e ao método de Descartes resulta na condução do pensamento humano de maneira a alcançar as verdades de fato. Isto é, iniciando pela busca clara da verdade são esclarecidas as dúvidas e lacunas durante o processo sistemático, denominado “método”.
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