Essa idéia de Descartes acerca da capacidade criadora do homem favorecia, e muito, o Renascimento Comercial do século XVI, época na qual viveu René. E o motivo desse favorecimento é evidente: como o lucro era o principal objetivo a ser alcançado naquele momento, ele seria maior se, em vez de se comercializar produtos"antigos", fossem negociadas as novas criações dos homens.
Hoje, este mesmo favorecimento é ainda percebido. A nossa sociedade pós-moderna é marcada por um forte processo globalizador que faz com que o capitalismo seja muito acentuado. Assim, as novidades, as invenções humanas mais modernas, são, a cada dia, mais necessárias à manutenção dos interesses econômicos de nosso meio social.
E é também por causa dos interesses referentes ao lucro que percebemos o quanto é relevante, em nossa vida cotidiana, um outro "princípio cartesiano" : a racionalidade. O homem da pós-modernidade, em geral, só pensa em trabalhar e acumular bens e riquezas. Por isso, percebemos que nos falta, cada vez mais,tempo para o lazer e para o convívio interpessoal. Assim, somos obrigados a ser racionais, tendo que recorrer a "personal friends" e "igrejas delivery" para nos satisfazermos. Esta racionalidade também fica evidente em outros aspectos de nossa vida. Não podemos, por exemplo, escolher nossa profissão somente por vocação. Temos que fazer um famoso "Gráfico Cartesiano" de valores econômicos para decidirmos qual é a carreira que rende mais.
Retirado de http://www.universitario.com.br/noticias/noticias_noticia.php?id_noticia=2784 em 27/03/2011,às 13:18.
Diante do exposto, fica fácil percebermos o quanto somos seguidores dos princípios de Descartes na atualidade. E é esse um dos grandes méritos de René: suas idéias ficaram "quase imortais" ao longo do tempo.
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