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domingo, 27 de março de 2011

Bases do pensamento científico moderno


Em sua obra o Discurso do Método, René Descartes faz reflexões acerca do modo de pensar até então existente, critica o método científico orientado pela superstição, pelo mágico, pelos sentidos e pela alquimia, dizendo que “nada de sólido se pudia construir sobre alicerces tão pouco firmes”. Dessa forma, a dúvida torna-se o princípio fundamental do novo método científico, pois desconfiando do que lhe havia sido transmitido pelos hábitos e tradições ele pôde buscar a verdade pura e simples, utilizando para isso a razão e a clareza.


Nesse sentido, ele propõe alguns princípios básicos da razão científica, tais como iniciar os pensamentos a partir dos objetos mais simples em direção aos mais complexos, realizar revisões para ter a certeza de nada omitir, nunca aceitar algo como verdadeiro antes de conhecê-lo cuidadosamente e repartir as análises em parcelas para facilitar seu estudo.


Ademais, Descartes tinha em mente que a ciência deveria ser voltada para o bem do homem, deixando de lado aquela filosofia especulativa baseada na tradição clássica, a qual ele se mostra decepcionado e descrente, para buscar conhecimentos úteis a vida prática, afim de transformar e dominar a natureza.


Por fim, o filósofo conclui que não somos totalmente perfeitos, e assim deveria necessariamente haver algum outro ser mais perfeito, do qual nós dependêssemos e de quem tivéssemos recebido tudo o que possuímos, ou seja, conclui que Deus existe e que continua sendo o último referencial de conhecimento.

Assim sendo, podemos dizer que Descartes quebrou os paradigmas de sua época, revolucionou o modo de pensar em ciência, dando as bases para o pensamento científico do homem moderno.

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