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sábado, 3 de julho de 2021

A sociedade carrega as consequências do negacionismo

  ciência e o método científico proposto por Francis Bacon, surgiu da necessidade de compreender o tipo de relação que se estabelece entre os fenômenos e assim, usar dessas ferramentas para dominar a natureza, trazendo benefícios para a sociedade. No entanto, existem obstáculos, os chamados ídolos, que prendem os homens a preconceitos, crenças e falsas percepções de mundo, e deste modo, impedem o pensamento crítico e a construção do verdadeiro conhecimento, abrindo espaço para teorias que refutam a ciência.


Nesse contexto, destaca-se o negacionismo que não é apenas algo pontual e passageiro, mas sim, um sistema de crenças que nega o conhecimento objetivo, a crítica, as evidências empíricas e o argumento lógico. As “verdades” defendidas pelos negacionistas vão contra conceitos provados, comprovados e aceitos pela comunidade científica há anos, se tornando crendices sem fundamentos. Bacon nomeia tal fenômeno de ídolos, essas falsas noções de realidade que atrapalham no avanço da racionalidade humana e na busca pelo conhecimento verdadeiro.


O negacionismo não é tão recente, na Idade Moderna as autoridades religiosas negavam os avanços científicos por entrarem em choque com os seus valores e as suas crenças subjetivas. Para lidar com essa situação, cria-se uma explicação alternativa da realidade, muitas vezes sem levar em consideração a sociedade e as suas necessidades. A partir disto, exemplifica-se o negacionismo que tomou grandes proporções durante a pandemia do coronavírus e colocou a população em risco de saúde, através da negação da gravidade da doença, do boicote às medidas preventivas, da tentativa de descredibilização da vacina e do incentivo a tratamentos comprovadamente ineficazes. 


Em conclusão, o negacionismo apenas nega evidências e simula controvérsias científicas, mesmo que já exista consenso, atrapalhando no progresso e no avanço da ciência. Rejeitar os métodos científicos empregados é ignorar a realidade, permitindo que a subjetividade e as crenças na análise dos fatos prevaleça, e assim, a maior prejudicada é a sociedade. 


Luisa K. Herzberg 

1°  semestre Direito matutino 

Turma XXXVIII

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