As relações humanas segundo Weber
Weber foi um intelectual considerado um dos fundadores da
sociologia, mas também contribui para outras áreas, como o direito, filosofia, economia,
política, por exemplo. Observa as relações da pessoa com a sociedade, que não
considera uma coisa, mas que se baseia na ação social. Essa ação só existe quando a pessoa tem
alguma comunicação com outros. Por exemplo, ao se escrever uma carta, está se fazendo
uma ação social, que tem sentido enquanto envolver outra pessoa (há a intenção
de ela será lida por alguém). Mas se o indivíduo escreveu ela só para ele, não
se terá ação social.
Tem
uma opinião diferente de Durkheim (defendia a ideia de que os fatos sociais são
impostos sobre as pessoas), pois deu destaque aos indivíduos e as ações que
realiza na sociedade.
O sociólogo deve estudar o sentido dessas ações,
compreendendo como elas se originam. Para isso, deve criar um tipo ideal, um
instrumento que orientará a sua investigação, embora não exista, pois há uma
quantidade extremamente elevada no número de possibilidades que uma pessoa pode
agir. Por meio desse procedimento,
dividiu a ação social em quatro formas fundamentais:
Ação social racional com relação a fins: quando a pessoa
realiza um serviço objetivando ganhar dinheiro para se sustentar.
Ação social afetiva: quando a pessoa age sofrendo influência
de sentimentos positivos (piedade, amor, etc.) e negativos (fúria, inveja,
medo, vingança, etc.).
Ação social tradicional: a pessoa usa determinadas roupas,
por exemplo, por estar habituada a isso.
Ação social racional com relação a valores por valores: quando
a ação é guiada por que se acredita em algo (seguir um partido político).
Para Weber as relações sociais se tornam mais complexas ao
longo da história. Divide a vida social em dois tipos:
Vida social em comunidade: há menos pessoas e suas relações
são mais baseadas pelo afeto e tradição.
Vida social em sociedade: há mais pessoas envolvidas e isso
quer dizer que haverá um número maior de conflitos. Por isso, as relações
sociais serão mais racionais e não mais baseadas na afetividade. A criação de
leis impessoais e racionais são criadas para se regular o modo como as pessoas
da sociedade agem para evitar conflitos.
Um exemplo prático ocorre no trânsito: um motorista, por
meio da seta, mostra a sua intenção de ir para algum lugar e, ao se portar
desse modo, evita acidentes. Isso se relaciona com a teoria de Weber, pois as
sociedades capitalistas atuais tendem a racionalizar as ações da pessoa. Para isso,
foi elaborado o código de trânsito brasileiro como um dispositivo de controle que
visa tornar a vida em sociedade possível, menos conflituosa. A seta é uma ação
social, pois é orientada para outras pessoas sobre para que lado o condutor pretende
se dirigir.
Allan 1º ano Direito Noturno
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