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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A importância do reconhecimento


Atualmente, vivemos um dos raros momentos em que uma minoria se encontra no foco das discussões. Os LGBTs conquistaram certo espaço na mídia brasileira, que passou a abordar assuntos relacionados a esse tema em jornais e até telenovelas. Se por um lado ganhar essa atenção foi algo bom para causa, uma vez que intensificaram as discussões, por outro foi possível ver o tanto que o brasileiro é preconceituoso e intolerante. Discursos de ódio contra minorias se espalharam numa velocidade assustadora e políticos com ideias extremistas estão cada vez mais fortes, o que é preocupante.

Essa intolerância deve ser combatida pelo Estado, uma vez que está previsto na Constituição Federal que é dever da República Federativa garantir o bem de todos, sem qualquer tipo de discriminação. Sendo assim, vemos que a igualdade de direitos está clara na lei, mas quando fazemos uma análise da atual situação percebemos uma realidade injusta, onde a violência, tanto psicológica quanto física, predomina contra os grupos minoritários. Visando justamente combater essa violência e cumprir o que está determinado na Constituição, o Supremo Tribunal Federal finalmente se manifestou e reconheceu a pertinência da união homoafetiva.

Ao se falar desse assunto, é possível utilizar alguns pensamentos de Axel Honneth. Ele discorre sobre um ponto essencial quando o assunto é intolerância: o reconhecimento, que nada mais é do que uma ação recíproca entre os indivíduos, que faz surgir uma consciência comum. Na visão de Honneth, o reconhecimento pode ser estimulado por experiências de conflito e injustiça, que fazem com que as pessoas percebam o “intersubjetivo das dimensões da individualidade humana”.

Desse modo, podemos concluir que não só a questão da homofobia, mas todos os tipos de preconceitos poderiam deixar de existir se as pessoas reconhecessem que todos são seres humanos iguais, no entanto cada um com sua individualidade, que deve ser respeitada a todo custo visto que todos são dignos de ser feliz.

  
Érika Luiza Xavier Maia - 1° ano Direito Noturno

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