Fato social e causa eficiente
Durkheim critica a análise ideológica,
pois esta vai das idéias para as coisas e não das coisas para as ideias, acredita
na análise do fato social como coisa. Para ele a sociologia, em sua visão, deveria
se valer daquilo que Bacon diz serem as pré-noções, que seriam seus “ídolos”,
pois os substratos passionais da consciência afetam o exame cientifico dos
fenômenos sociais.
O conceito de fato social como “coisa”
remonta a Comte, todavia, este apela para uma noção metafísica ao conceber o
progresso como sentido de toda a história. No método durkheiniano fato social é
o objeto de estudo da sociologia, tendo como substrato o agir do homem, de
acordo com as regras sociais, sendo externo ao individuo e capaz de gerar
coerções externas que moldam seu agir.
Em seus textos Durkheim refere-se ainda
ao papel da educação que: seria o de forjar o ser social, lhe incutindo regras
que aos poucos são interiorizadas; ou seja, os valores sociais são ensinados e
não aprendidos sozinhos, mas são tão profundamente enraizados que nos fazem
pensar que “são frutos de nossa própria elaboração”, assim sendo, mesmo que, o
comportamento se expresse no individuo, ele apenas traduz hábitos adquiridos na
dimensão do coletivo.
Seguindo essa linha de pensamento, a
sociedade não representa a soma das consciências individuais, mas a expressão
de outro conceito: a consciência coletiva. Dentro desta, certas necessidades
(causas eficientes) fazem surgir instituições responsáveis por dar eficiência
ao funcionamento do corpo social. A exemplo de “causa eficiente” existente
entre o crime e a punição, sendo esta a resposta da consciência coletiva, à
sociedade ao crime.
Bruna Midori Yassuda Yotumoto- 1º ano
direito diurno
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