Suecos, nos aluguem suas cadeias!
Segundo relatório estatístico,
o Brasil tinha ,em dezembro de 2012, população carcerária de 548.003 presos¹. Número assustador, sem dúvidas, mas ainda sim, podemos piorar: o número de vagas
em cadeias, segundo a secretaria de justiça é de 310.687 distribuídas em 1478
estabelecimentos penais em todo o país². Logo, uma conta de matemática básica
nos remete ao seguinte fato: precisamos de mais cadeias!
Este, discurso infeliz é
frequentemente perpetuado na rede televisiva brasileira por figuras como Rachel
Sheherazade e José Luiz Datena. Estes pregam que “bandido bom é bandido preso”,
todavia, não percebem o sucateamento e a ineficácia do atual sistema carcerário
brasileiro. Não percebem que bandido nenhum se reeduca nos centros carcerários
do país. Passam o tempo, literalmente mofando e saem de lá, senão iguais,
piores.
Segundo
Émile Durkheim, sociólogo francês, “os fatos sociais devem ser tratados como
coisas”. Assim, tomando como coisa o sucateamento da instituição carcerário no
Brasil, temos de achar uma solução para o determinado problema. Se não podemos
reestruturar totalmente as cadeias, ao menos devemos consertar seus aspectos
básicos atribuindo à elas sua função principal: ressocialização do indivíduo
que cometeu um crime.
Talvez com os ensinamentos durkheimianos
,podemos abstrair alguma lição de como “consertar” uma sociedade que vê nas
penitenciárias a escória do mundo, e não um ser humano que errou.
¹,² : http://portal.mj.gov.br/main.asp?View=%7BD574E9CE-3C7D-437A-A5B6-22166AD2E896%7D&Team=¶ms=itemID=%7BD82B764A-E854-4DC2-A018-450D0D1009C7%7D;&UIPartUID=%7B2868BA3C-1C72-4347-BE11-A26F70F4CB26%7D
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