A explicação para o mundo não está na ordem
das causas (fatos), mas das ideias (razão). A realidade se liga sempre ao que é
historicamente anterior. O conflito existe internamente, sendo ele a base para
uma realidade nova. Em suma, o desenvolvimento da história ocorre por meio de
um processo dialético (tese x antítese = síntese). A dialética hegeliana, na
visão marxista, está invertida, pois o cérebro formula a ideia e insere na
realidade e, para Marx, o que é racional partia da observação e ia ao plano
ideal.
Sob
essa perspectiva que foi criado o Direito – as perspectivas hegelianas (não generalizemos).
De modo que houvesse, portanto, uma exclusão da classe menos favorecida, pois
se criariam as normas favorecendo uma burguesia, tido como superior por
excelência. Logo, o que tenta atingir Marx e Engels é a inversão da dialética
hegeliana, isto é, chegar à dialética MATERIALISTA, não meramente idealista
(busca uma separação da filosofia).
A
evolução do conhecimento fornece o ‘material’ para fundamentar as análises,
assim como nas ciências naturais. Pesquisa fornece à ciência os materiais positivos
correspondentes.
Com
exceção do estado primitivo, toda a história é composta por luta de classes.
Viu-se isso com a Revolução Industrial: colocaram-se em relevo as leis da
história. Mais Valia: segredo da produção capitalista e principal mecanismo de
exploração trabalhadora. O trabalho é tido como meio de obtenção de
necessidades inerentes, até o luxo. E daí a necessidade da máquina: racionaliza
a produção e maximiza os lucros.
Lucas Barosi Liotti Direito Diurno
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