Karl Marx e Friedrich Engels,
filósofos que discursaram acerca do capital, foram os fundadores do conhecido
Socialismo Científico, sistema em que os proletários se libertariam do sistema
capitalista através de revoluções mundiais e pela ditadura do proletariado. Tal
nome, científico, é de notória importância pois baseia-se na razão, ao
contrário dos seus antecessores utópicos.
Ora,
tal denominação utopia provém de origem grega e significa “lugar que não existe”,
nome também que foi um livro de Thomas More. Nele, More discorre sobre um lugar
ideal, mais especificamente uma ilha, onde uma civilização convive em perfeita
harmonia. Assim, é de se esperar que os métodos utópicos sejam inconsistentes e
de poucas chances de ocorrência, como pode-se observar na experiência realizada
por Robert Owen, em que cooperativas foram criadas com a idealização do
aprimoramento humano, preparando-o para viver numa sociedade perfeita imaginada
por Owen.
Indo
além, mesmo nos países que conseguiram consagrar o Socialismo Científico como
Rússia e China, não ocorreu o que Marx e Engels tinham planejado. Com um forte
controle estatal, seus líderes abusaram do poder para promover um socialismo “personalizado”,
satisfazendo antes das vontades dos proletários, a vontade de seu líder. Stalin
e Mao Tsé-tung seguiram caminhos semelhantes, censurando os que iam contra sua
vontade e ditando o considerado melhor para seu país.
Portanto,
é impossível ignorar o elemento desencadeador dos fatos: o homem. Embora tantos
os científicos quanto utópicos tenham ideais de como se atingir a sociedade
livre de exploração, faz se mister que haja uma mudança interna para que os
resultados sejam duradouros e reais. Senão, ao fracasso está fadada qualquer
mudança externa à interna, como já foi provado inúmera vezes pela História.
Renan Souza, 1º ano Direito diurno
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