O ideal de Engels se
baseia na concepção de que se deve observar os elementos da mudança a partir da
historia real e concreta (empírica). Desta forma, o primeiro passo para Engels
seria o rompimento com a metafisica e o surgimento do materialismo dialético,
que se baseia na realidade vivida pelo proletariado.
Em certo ponto Engels
chega a fazer um elogio ao Iluminismo, pois ele rompe com o passado, mas ao
mesmo tempo gera uma contradição, pois surgiu da luta da burguesia para tentar
por fim aos privilégios das classes, e acabou por criar seus próprios
privilégios, sendo a liberdade criada nada mais que a liberdade de mercado.
O
ideal do Socialismo primitivo é o fim da diferença de classes (libertar toda a
humanidade, não só uma classe). Considerados utópicos por Engels os pensadores desse
viés eram: Henri de Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Estes acreditam
que não são as condições históricas que determinam a exploração de uma classe
sobre outra, mas sim o predomínio de uma forma de pensar e de agir.
O meio proposto por Engels
para superar o modo de produção capitalista é a apropriação do Estado pelo
proletariado, desta maneira os frutos da produção seriam de todos e não somente
de uma classe. Assim, se o Estado se torna representante de todos, ele se torna
supérfluo. Portanto nesta situação o Estado extingue-se. Para que isso ocorra,
não é necessário só que todos compreendam que a mudança é necessária, mas que
existam algumas condições para que a transformação ocorra, e que ela se torne
uma necessidade.
Libertar as forças
produtivas da propriedade privada gera benefícios a todos pela expansão
ilimitada da produção.
Por fim, Engels propõe o socialismo
como ciência, que tenha como função pesquisar as condições históricas para a
ação do proletariado. Assim, nas palavras de Engels, o homem “sai do reino
animal” e torna-se “senhor consciente e efetivo da natureza”.
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