("A revolução em primeiro lugar", de André Dahmer, da série "Revolução em curso")
Friedrich Engels,
importante sociólogo do século XIX, em sua obra Do socialismo utópico ao socialismo científico, traça os caminhos a
serem percorridos por uma sociedade que busca uma distribuição justa dos seus
bens produzidos, critica aqueles que pensaram de maneira deveras idealizada a
revolução do proletariado, critica ainda, não sem lhes dar o devido mérito, os
burgueses revolucionários da França, e defende profundas reformas na sociedade
daquele século.
Por fim, mas de maneira tão importante
quanto, Engels, agora, apropriando-se um pouco do pensamento de Karl Marx,
companheiro de obras e na causa Comunista, explica o chamado “materialismo
dialético”, o modo síntese-antítese pelo qual caminharia a sociedade, com o que
deveria se apossar os trabalhadores para a derrubada do império do capital
burguês. Não se deve, segundo o autor, deixar-se dominar pela paixão revolucionária
outrora presente no movimento Iluminista, mas, imbuídos do espírito
racionalista científico, a análise dos casos de maneira inteligente é
fundamental.
Contudo, não devemos confundir esse rigor
metodológico com levar-se uma vida política, culpando o capitalismo pelo sol
que nasce atrasado, o burguês pelo vazio de ser...
Saibamos arquitetar a revolução, sejamos
políticos racionais marxistas, por que não, porém, não sejamos meros
burocratas, como a tão criticada elite. Não sejamos copiadores e coladores de
discursos muitas vezes vazios. “Vivamo-nos”, nem racionais socialmente, nem
passionais politicamente.
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