Segundo Émile Durkheim, todas as sociedades funcionam por meio de uma mesma coesão interna, cuja finalidade é o cumprimento de determinadas funções sociais. A coesão é mantida por meio de punições como uma resposta do conjunto social, pois transgressões não são toleradas. Diante de uma certa ameaça à coesão interna o grupo deve encontrar e punir aquele indivíduo que a causou. Isso é permitido dentro de uma sociedade, porque os instintos individuais são apagados com a ajuda de determinadas instituições sociais.
Tais instituições surgem não como uma vontade individual, mas como vontade do corpo social para manter o equilíbrio do sistema. Como exemplo dessas instituições: a família, a escola, o trabalho, o Direito. O simples sentimento individual de não estar inserido em algumas dessas instituições gera um sentimento de angústia no indivíduo.
Analisamos o casamento como forma de reprodução da sociedade. A grande maioria das pessoas considera-o como uma forma de garantia do equilíbrio social, na medida em que une indivíduos de sexos opostos e possibilita a perpetuação da raça humana na Terra gerando descendentes. Contudo atualmente, tem-se encontrado alguns tribunais que estão autorizando o casamento de indivíduos do mesmo sexo. Muitas pessoas acham que este tipo de casamento é inconcebível, pois não há possibilidade de gerar descendentes e, portanto, há um desequilíbrio na manutenção da sociedade.
Não há como contestar que precisamos nos sentir inseridos na sociedade, os fatos sociais existem para essa finalidade, mas estamos perdendo demais nossa individualidade, a capacidade de pensarmos em agir por si próprio está cada vez mais diminuta. Este acontecimento é muito sério e merece especial atenção, pois pode nos levar à alienação, no sentido de perturbação mental, ocasionando a perda da personalidade individual.
Matheus da Silva Mayor
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